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Foram as tolerâncias da FIA que salvaram Bottas da falsa partida na Áustria!

As rodas do Mercedes de Valtteri Bottas mexeram-se, de facto, antes de as luzes vermelhas se apagarem, mas não o suficiente para ultrapassarem as tolerâncias definidas como aceitáveis pela FIA para os comissários punirem o finlandês por uma falsa partida. Isso, mais o facto de o tempo de reacção de Bottas ter sido de 0,201 s – a FIA aceita tempos acima de 0,200 s… – fez com que o finlandês tivesse escapado a qualquer sanção, com um arranque quase perfeito!

Só temos de elogiar o esforço da FIA em explicar tudo com o máximo de transparência, clarificando ao máximo as decisões dos seus comissários, para que todos os envolvidos na F1, outras equipas, órgãos de comunicação e, sobretudo, fãs, percebam a razão de ser de algumas decisões. Neste caso, contudo, a abertura da entidade federativa deverá corresponder a tentar apagar a fogueira que já vai lavrando nas redes sociais com um balde de gasolina! Porque a clubite tomou conta da discussão em torno do arranque de Bottas no G.P. da Áustria e já vai sendo difícil apresentar os argumentos de forma rigorosa e tranquila…

Porque o argumento do tempo perfeito de reacção – dois milésimos menos e estaria em apuros… – já não convencia, apareceram análises de imagens que mostravam um ligeiríssimo movimento das letras dos pneus do carro de Bottas ainda com as luzes vermelhas acesas. E a FIA viu-se na necessidade de explicar essas imagens, confirmando o movimento das rodas, mas explicando estarem dentro das tolerâncias permitidas. Mas o melhor é ler o que a FIA explica:

«O sistema das falsas partidas julga se um carro se moveu numa distância pré-determinada (muito pequena) entre o ponto em que a última luz vermelha se acende e o ponto em que as luzes se apagam. Sentimos a necessidade de permitir esse pequeníssimo movimento por os pilotos precisarem, por vezes, fazer ajustes na embraiagem na preparação para a partida. O sistema, que depende da cronometragem oficial fornecida pela Formula One, está operacional há cerca de 20 anos e tem-se mostrado extremamente fiável».

«Neste caso, Valtteri Bottas não excedeu este muito pequeno limite antes de a partida ser dada. De forma simples: ele fez um julgamento excepcionalmente preciso e fortuito, antecipando o momento em que as luzes se apagaram. Qualquer movimento feito antes das luzes se apagarem esteve dentro das tolerâncias permitidas».

Resta dizer que a FIA não divulga, obviamente, a que tolerâncias se refere. Se o fizesse, haveria logo equipas a arranjar forma de tirar partido dos centímetros (calcula-se que seja disso que se está a falar…) em que a FIA aceita que os carros se mexam! À partida, esta explicação deveria encerrar definitivamente o caso, mas temos a sensação de que só irá incendiar ainda mais as redes sociais…

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