A Honda está a deixar mesmo para a última hora a decisão quanto à estreia, ou não, de uma nova evolução do seu motor já no G.P. do Canadá. «Não há dúvida que a potência é importante em Montreal que é uma pista de fortes acelerações e onde o consumo também é muito importante», explicou Yusuke Hasegawa, responsável da Honda.
No entanto, os japoneses têm ainda dúvidas se as evoluções que deram bons resultados em banco de ensaios já estarão prontas a ser usadas nas pistas. «Os testes no banco de ensaios de Sakura deram bons resultados, mas temos de confirmar que a tecnologia está Ok», disse Hasegawa que confirmou que a evolução se centra no sistema de combustão.
A Honda tem dúvidas sobre se vale a pena gastar já uma parte das 14 fichas de desenvolvimento de que ainda dispõe para esta época, pelo menos sem ter certezas absolutas sobre a fiabilidade da nova tecnologia. Do lado da McLaren há grande vontade de estrear o motor, mesmo se Eric Boullier, director desportivo, avisa que «não será propriamente uma revolução».
A apoiar a abordagem mais cautelosa da marca nipónica estão os avanços já feitos este ano apenas com a optimização das afinações do motor de combustão interna. «Desde Melbourne já nos aproximámos da potência máxima possível do nosso motor V6 turbo, só melhorando as suas regulações», revelou Hasegawa. «A partir daqui, para o evoluir ainda mais, só com novos componentes que obrigarão a gastar fichas».
Aquele responsável nipónico confessou-se surpreendido pelos avanços feitos pela Renault no seu motor, em especial por ter apenas gasto três fichas de desenvolvimento: «Sim, foi uma surpresa. E se for verdadeiro o rumor de que o grande avanço foi na combustão, não me parece que o tenham feito apenas com três fichas…».