A Honda deverá apresentar-se no G.P. da Bélgica com uma nova versão do seu motor que será cerca de 50 cv mais potente que a actual. O que ainda a deixará longe das equipas da frente – a McLaren estima que a diferença actual para o motor Mercedes se cifre em 120 cv e em 90 cv para o Ferrari – mas já a aproximará bastante dos Renault.
O 5.º lugar alcançado por Alonso e os 12 pontos somados na Hungria (com o 9.º posto de Button) podem ter sido um bálsamo para a McLaren/Honda mas não chegam… Certo que o responsável desportivo da marca nipónica, Yasuhisha Arai, se mostrava muito satisfeito por ambos os motores terem terminado a corrida «sem estarem limitados de qualquer forma». Mesmo assim, a diferença para os homens da frente é ainda muito grande…
Spra e Monza são as corridas que se seguem e duas potenciais dores de cabeça para os homens da Honda, pistas «de motor», exigindo muitos cavalos e obrigando os propulsores a funcionar a fundo durante longos períodos de tempo. Será agora que a Honda vai gastar as sete fichas de desenvolvimento que lhe restam para este ano (já gastara duas no Canadá para redesenhar o turbo), procurando encurtar a distância para a concorrência.
Contudo, nem tudo poderão ser boas notícias… Primeiro porque, por vezes, o aumento considerável de potência traz «agarradas» algumas consequências a nível de fiabilidade. Depois, e acima de tudo, porque é também na Bélgica que a Mercedes pretende estrear a grande evolução do seu motor… certamente com mais cavalos!