A Honda já está a trabalhar numa evolução do seu motor para dar mais cavalos aos pilotos da McLaren, mas… só lá para finais de Maio! A boa notícia é que, no primeiro dia de treinos do G.P. da Austrália, as coisas até correram melhor a Fernando Alonso e à McLaren/Honda do que se esperaria, depois dos complicadíssimos testes de Barcelona. E a Honda promete mais uns «cavalitos» para a qualificação de amanhã, com um modo mais agressivo da cartografia electrónica do grupo propulsor.
É verdade que Stoffel Vandoorne perdeu muito tempo na primeira sessão, devido à perda de pressão no sistema hidráulico mas, afinal, o dia até acabou por correr razoavelmente, com ambos os carros a rodarem bastante. O problema é que Alonso, pela primeira vez que montou pneus ultramacios no McLaren, ficou em 12.º, a 2,4 s de Hamilton, o mais rápido… E essa é uma diferença enorme e difícil de recuperar.
O responsável da Honda para a Fórmula 1, Yusuke Hasegawa, reconheceu que «o défice de potência é muito grande» e prometeu recuperá-lo, mas explicou a complexidade do processo: «Para aumentar a potência há que aumentar a eficiência da combustão e para isso há que mudar o ‘hardware’ da unidade de potência actual. Estamos a desenvolver uma unidade de potência melhorada mas demorará algum tempo, gostaria de a ter terminada e montada no carro dentro de dois meses». Trocando por miúdos, um novo V6 turbo…
Até lá, Alonso e Vandoorne estarão limitados a uma pilotagem… «defensiva», tendo de trocar as mudanças umas rotações abaixo do limite para garantir a fiabilidade, mas à custa de alguns décimos por volta. «As vibrações hoje não causaram problema, apesar de ainda ter havido algumas na altura de engrenar a mudança acima», revelou Hasegawa. «Mas se resolvermos isso poderemos ganhar um pouco mais de tempo por volta. E para a qualificação de amanhã podemos ainda melhorar alguma coisa no mapa do motor», prometeu.