A Honda está a preparar-se para, em 2018, já poder fornecer duas equipas, ou seja, mais uma para além da McLaren com que ainda tem um acordo de exclusividade. No entanto, segundo as regras impostas pela FIA, essa exclusividade não poderá sobrepor-se a um pedido expresso de uma equipa, ficando qualquer fabricante de motores obrigado a fornecer, pelo menos, duas equipas.
Não que a Honda já tenha tido qualquer solicitação formal para fornecer o seu grupo propulsor mas, segundo o responsável pelo programa de Fórmula 1 do construtor nipónico, Yusuke Hasegawa, «já houve vários contactos informais que fazem com que nos preparemos para essa eventualidade».
«É para isso que estamos a ampliar a nossa base europeia, em Milton Keynes, adaptando os nossos recursos e a nossa organização para podermos colaborar, potencialmente, com uma segunda equipa», revelou Hasegawa.
O responsável da Honda fez ainda um ponto da situação em relação ao V6 turbo híbrido nipónico, reconhecendo que apenas é superior ao Ferrari do Toro Rosso (versão de 2015), estando ainda aquém dos Renault e Ferrari deste ano. «Mas o motor não pára de progredir e continuamos a aproximar-nos da concorrência».
No entanto, este motor está no termo da sua vida pois, segundo Hasegawa, 80% dos técnicos da Honda estão já a projectar o grupo propulsor de 2017 que deverá ser substancialmente diferente do actual. Apenas não confirmou se manterá o mesmo conceito, com turbo e compressor colocados dentro do «V» dos cilindros, ou se optará pela solução da Mercedes, com a turbina e o compressor bem afastados, de cada lado do motor térmico.