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Jean Todt diz que FIA não recebeu propostas sérias de novas equipas para a Fórmula 1

O presidente da FIA, Jean Todt, não vê como muito provável a abertura de um novo concurso para a admissão de mais equipas para alargar o pelotão do Mundial de Fórmula 1. Falta de projectos concretos e de seriedade acima de suspeita, como sucedeu quando a entidade federativa aceitou a candidatura da Haas, explica Todt que vê as grelhas dos Grandes Prémios continuarem reduzidas a vinte carros, quando poderiam ir até 24 ou, em caso excepcional, até aos 26.

Nos últimos meses apareceram declarações de intenções de supostas equipas que quereriam entrar no Mundial de F1, inclusive um grupo oriundo da China. Mas também o empresário sérvio Zoran Stefanovic que estaria a fazer uma segunda tentativa de colocar de pé a escuderia Stefan GP, com os olhos postos no Mundial de 2019. A equipa Stefan GP foi das preteridas no último grande concurso aberto pela FIA, em que entraram a Caterham, Virgin (depois Marussia, depois Manor) e a espanhola HRT… já todas desaparecidas.

As candidaturas até agora aparecidas não mostraram ser suficientemente sólidas para que a FIA as aceite, tal como aceitou a Haas que apresentou, de facto, um projecto bem estruturado e que parece estar bem implantado. «Nada que possa definir como proposta sérias», comentou Todt. «Quando vemos que aparece alguma proposta credível, como fizemos quando a Haas veio para a Fórmula 1, percebemos que há um interesse sério e abrimos um inquérito para perceber a solidez do projecto».

Desde 1995 que a F1 não conta com uma grelha de 26 carros que sempre foi a capacidade máxima de um Grande Prémio. Contudo, os acordos actuais prevêem que haja um tecto de 24 carros, embora Todt não exclua a possibilidade de haver uma 13.ª equipa, se houver uma série de candidaturas credíveis. «Não devemos dizer nunca…», referiu o francês. «De momento temos dez equipas a competir na F1, temos um bom campeonato e o máximo de equipas que devemos aceitar é de 12. Gostaria de ouvir propostas concretas e bem estruturadas».

Que, pelos vistos, até agora não apareceram. O que significa que, mesmo que apareçam, nunca serão para 2018, pois, no fundo estamos a menos de seis meses dos primeiros testes para a próxima temporada! Por outro lado, a FIA deveria estar preocupada com a situação actual do pelotão de F1 porque, apesar de as equipas que agora participam parecerem estar numa situação sólida, basta uma delas… «constipar-se» – a Red Bull desistir de ter segunda equipa, o fundo financeira sueco desistir da Sauber… – para a grelha ficar reduzida a 18 carros, o que significa entrar em incumprimento com os promotores dos Grandes Prémios…

Por isso não se percebe porque não se desenvolve a ideia de poder haver equipas a alinhar um único carro, equipas-cliente que comprariam um chassis a uma das escuderias actuais para pôr jovens pilotos saídos da Fórmula 2 a rodar. A equipa ART, por exemplo, já disse que estaria disposta a avançar num projecto desses, mas que alinhar como equipa de F1 a construir dois carros está fora de hipótese. Com duas ou três equipas dessas, não só se garantiam grelhas mais recheadas como se conseguiam «escoar» os novos talentos que vão saindo das fórmulas de promoção. (Foi num terceiro chassis alinhado pela McLaren que Gilles Villeneuve conseguiu estrear-se na F1 e depois foi o que foi…).

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