G.P. do Japão – Kvyat mais rápido num dia… que não contou para nada

Só mesmo os fãs japoneses para aguentarem com incrível estoicismo um dia inteiro de chuva intensa para verem alguns carros a rodarem muito pouco no primeiro dia de treinos do G.P. do Japão! No final de uma jornada muito pouco produtiva, Daniil Kvyat (Red Bull) estabeleceu o melhor tempo, com os dois Mercedes logo atrás… o que não quer dizer nada.

Confirmando-se as previsões meteorológicas que apontam para ausência de chuva tanto no sábado como no domingo – se bem que, nesta altura do ano, o tempo naquela zona seja algo instável… – de pouco serviria estar a trabalhar em afinações e desenvolvimentos dos carros nas condições em que a pista se apresentou neste primeiro dia. Fortes chuvadas chegaram a inundar o asfalto de Suzuka, «chamando» os pneus de chuva e só muito a espaços conseguindo montar os intermédios.

Os pilotos passaram mais tempo nas «boxes», em animadas conversas entre si – imagem interessante a de Rosberg e Hamilton bem juntos a partilharem um ecrã de televisão! – ou com elementos das suas equipas, do que propriamente ao volante. Simplesmente porque… não valia a pena. Quase nada do que se fizesse hoje, para além da verificação do correcto funcionamento dos diversos sistemas, terá validade nas condições que os pilotos encontrarão amanhã. Em princípio…

Os Mercedes voltaram a mostrar-se os mais rápidos em linha recta, também aqui um dado relativo, pois ninguém terá andado realmente nos limites. Na Ferrari houve uma outra abordagem, tendo os seus pilotos sido os que mais voltas completaram, com 31 voltas cada, no total das duas sessões. No polo oposto, Valtteri Bottas nem saiu para a pista no segundo treino, tal a quantidade de água em pista. Só para se ter uma ideia, Jenson Button dizia pelo rádio que o seu McLaren fazia «acquaplanning» em plena recta! Os melhores tempos de cada piloto, no conjunto das duas sessões:

* tempo obtido na primeira sessão

Com as condições de hoje, os 60 minutos do terceiro treino livre serão… um «stress»! Num curto espaço de tempo, as equipas terão de afinar minimamente os carros para a qualificação e perceber também como se comportam os monolugares em termos de consumo e desgaste de pneus em condições de corrida. Apostamos que, ainda antes de o sinal do final das «boxes» passar a verde, já haverá uma enorme fila de carros prontos a ir para a pista!