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Marchionne avisa Scuderia Ferrari que não vai «atirar» mais dinheiro!

Sergio Marchionne, presidente da Ferrari, conseguiu, desde Nova Iorque, deixar a Fórmula 1 toda agitada… em São Paulo, depois de dar a entender que está cansado de injectar dinheiro na equipa Ferrari e que não está para se pôr a fazer promessas para 2017, depois de a equipa ter falhado tudo o que prometeu em 2015 e 2016!

Declarações fortes e que até poderiam ser consideradas preocupantes para o futuro da Scuderia se não tivéssemos de dar o desconto de terem sido proferidas numa teleconferência para a Bolsa de Nova Iorque, durante a apresentação de resultados da Ferrari no terceiro trimestre (lucros em alta!). Ou seja, há no discurso uma componente de «música para ouvidos de accionista», em especial porque, segundo consta, a Scuderia consome um orçamento a rondar os 410 milhões de euros anuais…

«Vou dizer-vos algo honestamente, atirei todo o dinheiro que queria atirar naquilo [a equipa de F1]. Que é o que temos feito no passado», declarou Marchionne. «Mas temos de passar a utilizar melhor esses fundos, o que não fazíamos devido à forma como estávamos organizados. A estrutura já foi mudada. Agora temos de esperar, moderar as nossas expectativas e quando os nossos carros começarem a correr, em Março de 2017, as evoluções na equipa hão-de ser visíveis».

Apesar deste optimismo, Marchionne recusa-se a entrar em promessas, ao contrário de anos anteriores… «Não vou fazer projecções quanto ao que poderemos fazer em 2017. Paguei por isso com autênticos murros no nariz quando confiei nas estimativas internas que me deram quanto às melhorias do carro para 2015 e 2016, por isso não o vou repetir… Com o carro de 2017 vou limitar-me a vê-lo na pista».

O italiano tentou, então, desdramatizar o facto de esta vir a ser uma época «em seco» em termos de vitórias… «Claro que não estamos satisfeitos, mas continuamos a nossa recuperação. Introduzimos alterações na nossa organização no terceiro trimestre, reconstruímos a equipa no lado técnico e agora queremos concluir o projecto do carro de 207 que é crucial para as nossas ambições para o próximo ano».

Surpreendente foi a revelação de Marchionne de que a Ferrari começa a olhar com algum interesse para… a Fórmula E! Na condição de acabar com a «standardização» dos carros – na verdade já só os chassis e as baterias são iguais para todos – e com a troca de carro a meio da corrida, o que já se sabe que acontecerá na quinta temporada, 2017/2018. A partir daí, a Ferrari, que vai apostar na tecnologia híbrida para ultrapassar a barreira das dez mil unidades de carros de estrada vendidas, poderá encarar com interesse a entrada na Fórmula E!…

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