Embalada pelo entusiasmante resultado obtido no G.P. da Rússia, a McLaren prepara uma grande evolução no MP4/31 já para o G.P. de Espanha, enquanto não chega a muito esperada nova versão do grupo propulsor da Honda. Um novo chão, asas e outras partes da carroçaria serão as partes mais visíveis do importante «upgrade» do Mclaren/Honda que tentará chegar, pela primeira vez, ao Q3 na qualificação.
No final da corrida russa tanto Alonso (que foi 6.º) como Button (10.º) deixaram no ar um certo optimismo por acharem que tanto Barcelona como o Mónaco são pistas em que o McLaren poderá estar ainda mais à vontade que em Sochi. Eric Boullier, director desportivo, tem um discurso mais cauteloso: «Não sei como as evoluções funcionarão em Barcelona e não quero criar expectativas demasiado altas. Sei que o Mónaco deverá ser bastante melhor mas, por outro lado, essa é uma corrida sempre muito imprevisível…».
Na qualificação para o G.P. da Rússia, a McLaren ficou a apenas um décimo de segundo de passar à Q3. «Isso quer dizer que o conjunto começa a funcionar», diz Boullier. «É claro que precisamos de mais velocidade em recta e maior eficiência energética porque o consumo de combustível foi um problema».
Calcula-se que Alonso tenha perdido cerca de 50 segundos no total da corrida só por ter de levantar o pé para poupar combustível, numa corrida difícil a nível de consumos, como será também o Canadá. «No final da corrida o Alonso pôde fazer algumas voltas rápidas e rodou um segundo mais rápido. Mas as coisas estão a melhorar, em todas as corridas tem havido evoluções e aos poucos vamo-nos chegando à frente».
Também do lado da Honda há evoluções para chegar, embora ainda não se saiba quando serão estreadas, talvez no Canadá. «Ainda temos 14 fichas de desenvolvimento, o que é bastante em comparação com a Mercedes ou a Ferrari, mas não queremos gastá-las em pequenas evoluções», referiu Yasuke Hasegawa, director de projecto da Honda F1. «Ouvi dizer que temos novidades muito promissoras para o motor térmico e o sistema híbrido mas só quero falar nisso quando as tivermos prontas a usar».