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Mercedes e Red Bull pela liberdade total aos pilotos quanto aos limites da pista

Continua a discussão em torno da forma como os pilotos respeitam, ou não, os limites das pistas. E tanto Christian Horner (Red Bull) como Toto Wolff (Mercedes) têm visões claras de como encarar a situação, mostrando-se a favor de dar maior liberdade aos pilotos. Para começar, arranjar regras consistentes, segundo Horner: «Arranje-se uma forma simples de resolver o caso: ou os pilotos podem passar o risco branco ou não podem, seja em que curvas for!».

E explica a ideia que é, afinal, apenas uma questão de bom senso: «Há uma linha branca que segue toda a pista, de ambos os lados. Uma forma fácil de fazer as coisas é quem tenha as quatro rodas fora da linha branca está fora. Isso resulta noutros desportos, seja com uma bola ou com um pé. É verdade que há uma grande relutância em fazê-lo, o que até se compreende, mas então tem de se autorizar os pilotos a usarem tudo o que têm ao dispor».

«O que não se pode é regulamentar curva a curva, ter uma regra para a curva 1 e outra para a curva 17. Isso fica demasiado confuso para nós, quanto mais para o público!», acrescentou Horner que apenas pede a quem manda nas regras: «Das duas uma, inventem algo muito simples ou deixem os pilotos fazerem o que querem!».

Já Toto Wolff, da Mercedes, é mais radical e vai ao ponto de defender que se acabe com essa coisa dos limites da pista por causa das enormes escapatórias em asfalto. «São tão aborrecidas que os pilotos podem sair e voltar à pista. Quando um piloto sai da pista deveria tocar num muro ou ficar numa escapatória em gravilha. Se é em asfalto, então deixem-no aproveitar a trajectória mais rápida, qual a diferença?».

Em relação às linhas brancas, Wolff até tem uma visão ligeiramente diferente da de Horner… para maior liberdade: «Isto não é salto em comprimento em que dois centímetros fazem diferença. É uma pista de seis quilómetros e não são 2 cm que fazem a diferença. Se começamos a discutir se um piloto passou a linha por 2 cm e lhe tiramos os tempos por isso, então ninguém vai perceber nada… Solução? Deixem os pilotos em paz e deixe-nos guiar! E passar pelos correctores, vimos na última corrida as imagens espectaculares que proporciona!».

Recorde-se que esta discussão dos limites da pista já vem desde o G.P. da Áustria, com a adopção de novos correctores muito altos que chegaram a danificar alguns carros, seguindo-se o G.P. da Grã-Bretanha com vários tempos anulados na qualificação. Por fim, o Grupo Estratégico decidiu acabar com esses controlos dos limites da pista, mas Charlie Whiting, director de prova, demonstrou na Alemanha que isso era impraticável, pela quantidade de infracções detectadas no primeiro treino. Houve, então, um compromisso de que os pilotos poderiam usar todos os correctores, mas a verdade é que não há uma regra clara que seja aplicável em todas as curvas de todas as provas…

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