Respira-se optimismo para os lados da McLaren/Honda! Enquanto o novo chassis da McLaren já passou os «crash tests» da FIA indispensáveis para a sua homologação, a Honda trabalha sem descanso e parece esperançada em recuperar a gigantesca desvantagem de potência que a separava de Ferrari e Mercedes. Segundo o diário desportivo espanhol «As», a marca nipónica poderá ganhar até… 223 cavalos na versão 2016 do seu grupo propulsor!
Se isto for verdade, o grupo propulsor nipónico ficaria praticamente ao mesmo nível dos melhores motores da F1, permitindo a Button e Alonso lutarem pelos lugares da frente, depois de uma temporada de 2015 para esquecer… Na fábrica da Honda, em Sakura, o defeso passou-se «a fundo», trabalhando-se as 24 horas do dia e sem paragens nem no Natal nem no Ano Novo! Mas as notícias parecem ser boas e a maior parte dos problemas parecem estar resolvidos.
Segundo o «As», a Honda montou um turbocompressor de maiores dimensões – há quem diga que foi uma «dica» dos «velhos» engenheiros dos antigos programas de F1… – e rearranjou o sistema de refrigeração da parte híbrida, de forma a manter todo o conjunto o mais compacto possível. Os primeiros testes terão mostrado um ganho de cerca de 60 cv no motor de combustão interna, a que se juntaram os 163 cv do sistema híbrido que raramente conseguiam ser usados de forma eficiente pelos pilotos da McLaren.
Em pistas como Spa, a equipa mediu de forma clara que os seus pilotos perdiam cerca de meio segundo nas curvas e dois segundos nas rectas, por não poderem usar toda a energia que as baterias deveriam acumular. Os sistemas MGU-K (energia cinética) e MGU-H (energia térmica proveniente do turbo) nunca funcionaram na perfeição, deixando os McLaren com mais de duas centenas de cavalos a menos que os rivais…
Este ano, contudo, a Honda espera já ter ultrapassado esse problema e fornecer um motor ao nível dos seus pergaminhos na competição, não só ao nível da potência mas também da fiabilidade. Resta saber se isso se confirma e se o chassis projectado por Peter Prodromou (ex-Red Bull) estará à altura. Uma coisa é certa: a McLaren não pode repetir uma época como a de 2015!