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Motor-cliente será V6 2.5 turbo… sem limitações nem sistema híbrido

A FIA confirmou no Brasil o lançamento de um concurso para arranjar um fornecedor de motores-cliente para a Fórmula 1, a partir de 2017, a preços consideravelmente mais baixos que os praticados actualmente pelos construtores, Mercedes, Ferrari e Renault. Inicialmente falava-se em motor V6 de 2,2 litros com dois turbocompressores mas a FIA clarificou ontem o assunto e… os construtores estão já em polvorosa!

Segundo os detalhes divulgados pela FIA, o motor alternativo será de facto um V6 mas com 2,5 litros de cilindrada, podendo ter um ou dois turbocompressores. Não terá qualquer sistema híbrido, nem mesmo um simples KERS (recuperação da energia de travagem) e não estará sujeito às limitações dos grupos propulsores actualmente em uso. A saber: não terá limite de rotações, durabilidade (ou seja número de motores por época) ou de fluxo de combustível (100 kg/h nos V6 híbridos), além de toda a liberdade na área dos escapes, com eventuais vantagens aerodinâmicas!

As primeiras projecções é que um motor destes debite cerca de 870 cv, o que ficará aquém dos 1000 cv que se projectam para os motores ditos oficiais. Por outro lado, com consumo necessariamente mais elevado, os carros que os usarem terão de partir bastante mais pesados. Ou seja, o que podem ganhar de um lado perderão do outro. Onde as equipas que os comprarem vão ganhar e muito é nos orçamentos: este motor alternativo – em que uma empresa como a Cosworth poderá estar muito interessada – custará cerca de 6 milhões de euros por ano, contra os mais de 20 milhões que os construtores pedem actualmente!

As primeiras reacções não se fizeram esperar e Toto Wolff, da Mercedes, diz-se horrorizado com esta ideia e descrente num correcto equilíbrio de prestações entre os dois tipos de motores: «Penso que muitos de nós partilham a opinião de que o ‘balanço da performance dos motores’ não funciona. Não tem funcionado em qualquer outra categoria. Ouvimos falar do seu agravamento nas provas de GT e dói-me a cabeça só de ouvir essas ideias!».

Mas como os construtores se recusam a baixar o preço do fornecimento dos motores às equipas privadas, este braço-de-ferro com a FIA está para durar…

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