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O milagre da evolução da Manor que já aponta ao meio do pelotão da F1!

Tiremos, por um momento, os olhos do topo de cima do pelotão da Fórmula 1 e olhemos lá para baixo para admirarmos o esforço que tem sido feito pela Manor. Porque o trabalho feito este ano, depois da estabilização conseguida em 2015, tem sido notável, recebendo como prémio o ponto alcançado por Pascal Wehrlein no G.P. da Áustria.

Não, não há razões para sorrisos amarelos de desdém só por estarmos a falar de uma das equipas do fundo da tabela, temos de colocar as coisas em perspectiva: em Fevereiro de 2015, a equipa (então Marussia) estava falida, sob administração judicial e com grande parte dos seus bens prontos a serem vendidos em hasta pública; a principal instalação já tinha sido vendida (é a base europeia da Haas) e a escuderia ia mesmo fechar. Já depois da hora apareceu um investidor, Stephen Fitzpatrick, que foi autorizado a tentar salvar a equipa, rebaptizando-a de Manor, embora tendo de manter o nome da Marussia no primeiro ano.

Para este ano, a equipa reforçou-se com o ex-director desportivo da McLaren, Dave Ryan, e os ex-Ferrari Nicholas Tombazis e Pat Fry, este como consultor para a engenharia. E passou a contar com motores Mercedes para montar no novo chassis. Pat Fry falou da evolução que a pequena equipa de Banbury (Inglaterra) fez este ano: «Tem sido um trabalho árduo sobreviver ao mesmo tempo que se compete. E isso afecta toda a organização e tudo o que fazemos, desde o túnel de vento ao departamento de projecto, da parte da fiabilidade até à pista. Porque tudo tinha de ser melhorado!».

Com a situação estabilizada e contando agora com dois jovens e talentosos pilotos apoiados pela Mercedes, Werhlein e Ocon, a Manor encara o futuro com optimismo e já se vê a subir a um lugar no meio do pelotão nas próximas épocas. «Temos um plano de crescimento de forma controlada, mas temos de melhorar numa série de coisas e isso vai demorar algum tempo. Desde as trocas de pneus e melhorar a fiabilidade do carro, tudo tem de melhorar», refere Fry.

Que não deixa de recordar do que estamos a falar quando se trata da Manor: «Ainda somos muito pequenos… Estamos acrescer rapidamente mas ainda somos à volta de 170 pessoas, enquanto o nosso competidor mais próximo está na casa das… 500! Temos, por isso, muito que fazer e temos um plano para aumentar a nossa organização para podermos competir e um nível mais elevado», concluiu Fry que acha que a Manor se poderá estabelecer de forma consistente no meio do pelotão dentro de dois a três anos.

Esta época, pelo menos, os Manor deixaram de estar «fora» do pelotão, recuperaram cerca de dois segundos de atraso para os segundos mais lentos e até já deixaram os Sauber para trás. A pequena equipa britânica não merece, por isso, ser olhada com desdém mas com admiração! Para quem estava «morta» há vinte meses…

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