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Protecção para a cabeça dos pilotos de F1 vai avante em 2017!

A solução apresentada pela Mercedes para aumentar a protecção da cabeça dos pilotos dos F1 parece ser a favorita da FIA que deverá apresentar uma proposta formar numa reunião dos diversos directores técnicos, na próxima sexta-feira. Ao que adianta o semanário britânico «Autosport», três projectos terão sido testados na passada semana e a solução avançada pela Mercedes parece ter sido a que obteve melhores resultados.

Todas as propostas pretendem defender a cabeça dos pilotos de objectos projectados por despistes ou colisões de outros carros, como sucedeu no acidente fatal de Justin Wilson, nos IndyCars. E apesar do sistema proposto pela Mercedes ter obtido os melhores resultados, apresentou também dois pontos em desfavor: a estrutura não consegue absorver elevada energia, podendo não ser eficaz no caso do embate de uma roda perdida; e, embora não coloque problemas na visibilidade frontal, limita-a quando os pilotos têm de olhar para cima, no caso de subidas íngremes, como as curvas de Eau Rouge (Bélgica) ou a primeira curva da pista de Austin (EUA)…

O que parece irreversível é o plano da FIA em equipar os monolugares de Fórmula 1 – e, depreende-se, progressivamente todos os outros monolugares… – de um dispositivo para aumentar a protecção da cabeça dos pilotos. A entidade federativa está mesmo a apontar a época de 2017 para a introdução desta novidade, embora haja ainda alguns problemas a resolver.

Nomeadamente se haverá uma estrutura igual para todas as equipas ou se haverá liberdade no «design», caso em que teria de ser criado um novo teste de homologação. E ainda a forma como a estrutura estará articulada, para a sua abertura permitir o acesso mais rápido ao habitáculo. Afastada está a possibilidade dos «cockpits» fechados, já que este sistema garante uma mais fácil e rápida extracção de um piloto ferido do interior do habitáculo.

Por outro lado, a FIA tem também o apoio dos pilotos que vêem com bons olhos este sistema de protecção à cabeça, mesmo se nos carros deste ano as paredes laterais dos habitáculos já vão ser subidas em 20 mm. «A pesquisa feita pelos técnicos da FIA mostrou uma solução clara, agora os pilotos pensam que é tempo de se adoptar essa protecção extra, o mais tardar em 2017», declarou Alex Wurz, presidente da Associação de Pilotos de Grande Prémio (GPDA).

«É óbvio que vão ser exigidas alterações estruturais ao chassis mas, com quase um ano de avanço, não vejo como algum responsável técnico poderá mostrar-se contra evoluções no campo da segurança. Em especial atendendo aos graves acidentes já ocorridos em fórmulas, com ferimentos a nível da cabeça», disse Wurz.

Se é certo que aquele dispositivo não teria evitado, pior exemplo, o acidente fatal de Jules Bianchi, sempre pode aumentar a segurança noutras situações, levando Wurz a concluir: «Todos os pilotos e eu esperamos que a adopção desta protecção seja uma simples formalidade».

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