Em apenas dois anos, a McLaren perdeu mais de um terço do seu valor, enquanto a equipa Mercedes ganhou cerca de 30%! Este é o resultado de um estudo da agência espanhola «Business and Sport» que procurou saber quanto é que alguém teria de desembolsar se quisesse comprar uma destas equipas, comparando os valores necessários em 2014 com os exigidos este ano. A mais cara continua a ser, sem surpresas, a Ferrari.
Antes destas duas últimas temporadas negativas – 2014, recorde-se, ainda com a Mercedes –, a McLaren que valia um pouco mais de mil milhões de euros viu o seu valor reduzido a 650 milhões. E assim perdeu o segundo lugar como escuderia mais valiosa para a Mercedes que viu o seu valor «disparar», devido ao domínio da disciplina, dos 516 para os 675 milhões de euros.
Apesar de ser a equipa mais valiosa, a Ferrari também não se salvou de uma queda apreciável, perdendo 11 % do seu valor. «Só a palavra Ferrari vale 7 ou 8 milhões», justifica um dos responsáveis do estudo a posição de liderança destaca da Scuderia, apesar da descida verificada pelos maus resultados de 2014. Por não existirem em 2014 na forma actual, Renault, Haas e Manor não fazem, obviamente, parte deste estudo.
Este é um estudo extremamente difícil de levar a cabo, reconhece a empresa espanhola, uma das 17 que integram o Instituto de Formação Financeira Empresarial, juntamente com fundos de investimento e empresas de publicidade, comunicação, financeiras, entre outras. «É o que se chama uma valorização ‘pre-money’. O valor reflecte a actividade, o tempo do negócio, o histórico e outras variáveis», explicou o director da Business and Sport, Pablo Caramés.
Que admite ser extremamente complexo analisar a Fórmula 1: «É um modelo muito complicado! Não há uma única equipa que dê lucros… Por exemplo, veja-se a Haas que decidiu entrar no campeonato este ano já o sabendo, estima perder 40 a 45 milhões de euros por ano, mas o impacto da F1 é brutal. As primeiras provas correram-lhes bem e tiveram muita exposição televisiva, se tivessem gasto para ter os mesmos minutos em anúncios teriam precisado de muitos mais milhões!». Segundo aquele estudo, os valores das equipas, entre 2014 e 2016, variaram da seguinte forma (em milhões de euros):
| Equipa | 2014 | 2016 | Var. (%) |
| Ferrari | 1521 | 1352 | - 11,11 |
|
McLaren |
1038 | 650 | - 37,37 |
| Mercedes | 516 | 675 | 30,81 |
| Red Bull | 575 | 625 | 8,69 |
| Williams | 382 | 400 | 4,71 |
| Sauber | 204 | 135 | - 33,82 |
| Toro Rosso | 178 | 165 | - 7,30 |
| Force India | 297 | 180 | - 39,39 |
Repare-se que a equipa que mais perdeu foi a Force India, apesar de até ter conseguido o seu melhor resultado de sempre em 2015… O problema é a série de outros factores a ser considerada, além dos resultados desportivos, como a perda de alguns patrocinadores ou a má imagem para o exterior pelo facto de o seu proprietário, Vijay Mallya, estar a braços com problemas com a justiça do seu país…
