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Quatro «motoristas» reúnem-se para tentar reequilibrar a F1

Os quatro construtores de motores da Fórmula 1 vão reunir-se já esta quinta-feira com a FIA para discutirem eventuais alterações aos regulamentos já para o próximo ano, procurando um maior nivelamento de «performances», para bem da competitividade da disciplina. Havendo um objectivo comum, a reunião será, no entanto, tudo menos fácil…

O regulamento em vigor actualmente obriga Mercedes, Ferrari, Renault e Honda a homologarem os motores para 2016 no próximo dia 28 de Fevereiro – logo a seguir à primeira sessão de testes pré-temporada – não mais lhes podendo mexer, a não ser por questões de fiabilidade. Porque o «buraco» no regulamento descoberto, este ano, pela Ferrari que permitiu evoluções ao longo da época, seguindo o famoso método das «fichas» de desenvolvimento, foi entretanto «tapado»…

Ou seja, pretendendo a Ferrari, Renault e Honda voltar a poder evoluir os seus motores ao longo de 2016, precisam da concordância da Mercedes que, em princípio, não estará muito interessada em perder a vantagem de que dispõe. Contudo, a marca alemã também percebe que acaba por também perder se a competitividade da F1 não aumentar, estando por isso disponível a fazer concessões.

E se isso até é fácil quanto à Renault e Honda, a Mercedes tem de ser cuidadosa nas liberdades com que irá concordar, sob o risco de dar a oportunidade à Ferrari de a apanhar ou até ultrapassar… Para que possa haver evoluções dos motores ao longo de 2016, a decisão terá de ser unânime, primeiro entre os construtores de motores e, depois, entre as equipas, na Comissão de F1. E é esta a última esperança a que se agarra a Red Bull para pressionar uma das marcas a fornecer-lhe motores competitivos…

Uma das principais discussões dirá respeito à chamada «zona negra», ou seja, um conjunto de partes dos motores actuais em que as equipas já não poderiam mexer para 2016, nomeadamente o cárter, os comandos das válvulas ou o sistema de admissão, entre outros. Essa «zona negra» iria estender-se a outros componentes ao longo dos anos, limitando cada vez mais as partes em que os construtores poderiam mexer de umas épocas para as outras, até 2020.

Uma das hipóteses em estudo é acabar com essa «zona negra» e permitir que, de uma época para a outra, tudo possa ser revisto e mudado. Em contrapartida, há propostas para limitar o tempo de utilização de banco de ensaios – como já existe para os túneis de vento –, para que os custos de desenvolvimento não disparem de forma descontrolada. Uma reunião importante para uma F1 mais equilibrada em 2016 mas em que os conflitos de interesses deverão voltar a falar mais alto…

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