F1Flash.com - Página Inicial Descubra o izigo.pt

Que implicações terá o «Brexit» na F1? Ecclestone, para já, esfrega as mãos!

É ainda muito cedo para se tirarem grande conclusões sobre as consequências que a saída do Reino Unido da União Europeia poderá ter sobre o Mundial de Fórmula 1, mas algumas terá: oito das onze equipas actuais estão baseadas em Inglaterra, além da própria FOM, pelo que de alguma forma acabarão por ser afectadas.

A forte desvalorização sofrida pela libra, a maior dos últimos 30 anos, tem consequências negativas imediatas para aquelas onze equipas, quando viajarem já para o G.P. da Áustria e as restantes provas nos países do Euro: todas as despesas serão um pouco mais caras. Mas isso é quase um detalhe nos orçamentos gigantescos das equipas de F1, podendo apenas ser uma dor de cabeça na escuderias com os cêntimos mais contados, como a Manor ou a Force India –a Sauber está na Suíça.

Por outro lado, nem tudo serão más notícias e, para Bernie Ecclestone, defensor do chamado «Brexit», a brutal desvalorização da libra foi mesmo motivo para festejos: a FOM recebe dos promotores e demais «contribuintes» em dólares americanos, mas paga aos seus mais de trezentos colaboradores em libras, o que significa que terá ganho já cerca de 180 milhões de dólares só com esta movimentação! O velho senhor parece ter a arte de sair sempre a ganhar…

Mas o mesmo sucederá com as equipas que recebem dos seus patrocinadores em dólares, tendo depois de pagar aos fornecedores – muitos deles situados no próprio Reino Unido – em libras…

O lado mau virá, se não antes, dentro de dois anos, quando se consumar o divórcio entre Reino Unido e União Europeia… Aí, a burocracia aumentará brutalmente de cada vez (e são muitas!) que toda a estrutura da Fórmula 1 tenha de atravessar o Canal da Mancha, com os custos de que isso implica. Tudo dependerá, obviamente, dos acordos entretanto firmados entre o Reino Unido e a UE, mas é de supor que as equipas terão de reforçar a sua parte logística só para este quebra-cabeças. Será por isso que Ecclestone já anda a ameaçar com a redução de provas… no continente europeu?!

Acresce ainda o facto de haver equipas, como a Mercedes (alemã) ou a Red Bull (austríaca), que podem estar baseadas em Inglaterra mas serem de capitais europeus (no sentido de países da UE e do Euro), o que poderá levar a eventuais decisões de deslocalizações. É verdade que o «know how» da F1 sempre esteve muito concentrado no Reino Unido e, em especial, em Inglaterra. Mas este é um desporto cada vez mais global e não é natural que uma alteração tão profunda no mapa geopolítico como a saída do Reino Unido da UE acabe por afectar de alguma forma o Mundial de Fórmula 1.

Partilhar Notícia.