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Regras dos motores para 2016: é baralhar e dar de novo!…

Afinal não só serão consentidos desenvolvimentos dos motores ao longo da época de 2016 como as equipas-cliente poderão receber grupos propulsores com especificações deste ano, o que obrigará a FIA a alterar o regulamento desportivo que acabara de aprovar… Foi o que de mais importante saiu da reunião entre a entidade federativa e as quatro marcas construtoras de motores de F1.

Na reunião de Genebra (Suíça), Toto Wolff (Mercedes), Maurizio Arrivabene (Ferrari), Cyril Abiteboul (Renault) e Yasuhisa Arai (Honda) estiveram acompanhados dos seus principais engenheiros e uma das principais decisões foi manter o desenvolvimento dos motores durante a temporada. Isso é um alívio para Renault e Honda que ficam com mais tempo para tentar recuperar o atraso para Mercedes e Ferrari, deixando de ter o limite de 28 de Fevereiro para o «congelamento» dos motores para toda a época de 2016.

Por outro lado, a possibilidade de haver mais que uma especificação de motor, abre as portas, por exemplo, a que a Toro Rosso resolva o seu problema de falta de motores utilizando os Ferrari de 2015. Mas deixa a Red Bull mais frágil, sem argumentos para exigir motores com especificações de 2016… Resta dizer que, para estas alterações aos regulamentos se tornarem efectivas terão ainda de ser aprovadas por unanimidade por todas as equipas na Comissão de F1… inclusive pela Red Bull.

Última nota: a política só atrapalha a popularidade da F1 e este é mais um caso que o prova. Quando, há apenas dois dias, a FIA revelou que o regulamento desportivo proibia que, em 2016, houvesse motores com especificações de 2015 estava apenas, no fundo, a tentar condicionar a reunião com os construtores de motores, como agora se vê… E são estes «jogos» que baralham os fãs e que passam uma ideia de uma F1 errática que tão mal faz à sua imagem… bem pior que um palavrão que um piloto possa soltar no pódio! Mas é assim que as coisas funcionam por haver tantos interesses divergentes a movimentar tantos milhões.

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