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Rio Haryanto e o Ramadão: a fé religiosa... ou a segurança?!

Rio Haryanto deverá ter de renunciar, pelo menos hoje e unicamente por questões de segurança, a um dos momentos mais importantes da sua crença religiosa. Sendo Haryanto um muçulmano convicto – a Indonésia é o maior país muçulmano do Mundo –, está em pleno período do Ramadão, o que significa não se alimentar nem beber entre o nascer e o pôr-do-sol.

Mas o «manager» de Haryanto, Piers Hunnisett, confidenciou ao diário britânico «Mirror» que o seu piloto deverá ter de sacrificar as suas crenças religiosas em nome da sua própria segurança e dos restantes pilotos em pista. «Trata-se, acima de tudo, de uma questão de segurança».

«Ele tem seguido a sua fé durante esta semana, em Montreal, mas temos de ouvir os conselhos dos médicos. É uma corrida muito longa numa pista fisicamente difícil e há naturais preocupações com a desidratação», referiu. «Os pilotos perdem uma enorme quantidade de fluídos corporais durante a corrida e não queremos que ele perca a concentração quando está a guiar a 350 km/h».

É sempre delicado estabelecer com clareza uma relação causa-efeito, mas a verdade é que Haryanto tem estado, em Montreal, uns furos abaixo de Wehrlein. E ontem, na qualificação, não evitou um despiste, acabando a 1,4 s do colega de equipa…

Esta é uma decisão extremamente complexa, pela importância que a observância das regras do Ramadão tem para qualquer muçulmano. E ser piloto de F1 não está entre as poucas excepções aceites… Pior, no caso de Haryanto, este ano o período do Ramadão iniciou-se a 6 de Junho e prolonga-se até 5 de Julho, o que significa que o piloto indonésio terá de lidar com o problema nas corridas do Azerbaijão e da Áustria.

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