Tem sido dado como o homem certo para liderar a parte comercial do Formula One Group, a empresa que será o «braço» da F1 da Liberty Media que comprou os direitos da disciplina. Contudo, o nome do americano Zak Brown apareceu, repentinamente, ligado à sucessão de Ron Dennis à frente da McLaren, como sendo o favorito dos accionistas maioritários que querem mudar a liderança do McLaren Technologies Group.
Os detentores de 75% da McLaren – Mansour Ojjeh (25%) e o fundo soberano do Bahrain (50%) – estão apostados em afastar Dennis, ao fim de 36 anos de liderança e já no final deste ano. Mas para isso precisam de encontrar um líder credível e, segundo consta, já terão levado «negas» de Ross Brawn e do ex-director desportivo da McLaren, Martin Whitmarsh.
Mas Zak Brown tem, a seu favor, a sua reconhecida capacidade de atrair grandes patrocínios –liderava a maior empresa de «marketing» desportivo, de onde saiu recentemente, pensando-se que iria liderar os destinos comerciais da F1… –, tendo sido ele a conseguir os avultados acordos da UBS para a F1, da Martini para a Williams ou da Johnnie Walker para a Mclaren.
Além disso, Brown é um fã incondicional do desporto automóvel, ele próprio ex-piloto e dono da equipa Autosports, campeã de LMP3 nas European Le Mans Series (que ainda no domingo correu no Estoril). E até já experimentou um antigo McLaren de F1, guiado por Mika Hakkinen…
Consta que este contra-ataque dos detentores de 75% do McLaren Technologies Group se deve ao falhanço de Ron Dennis (que detém 25%) na sua tentativa de tomada de controlo total do grupo, pela compra das restantes acções. O que até estaria previsto no acordo da empresa, desde que Dennis tivesse arranjado o dinheiro ou investidores para isso, o que não aconteceu. Diz-se que chegou a ter duas empresas chinesas muito perto de fechar um acordo, mas que o arrefecimento da economia na China frustrou os seus planos. E o contra-ataque não se fez esperar…
Por outro lado, desde 2013 (quando a Vodafone saiu) que a McLaren não tem um patrocinador principal e, no final deste ano, deverá perder a Mobil, ao fim de 21 anos de ligação à equipa. Consta que será a Red Bull a «roubar-lhe» a petrolífera… Assim se explica porque anda a McLaren atrás dos dinheiros que a BP quer meter na Fórmula 1, embora aí tenha a concorrência assumida da Renault, podendo ter ainda uma surpresa dos lados da Williams…
Como se vê, comparado com os engenheiros e até os patrões das equipas, o mercado dos pilotos para 2017 até parece o mais calmo de todos!