Não será propriamente um estreante porque, não só já tem um Grande Prémio no currículo –Bahrain-2016, em substituição de Fernando Alonso, magoado no terrífico acidente de Melbourne –, como até foi ele quem marcou o primeiro ponto da McLaren na temporada passada! Stoffel Vandoorne fará, contudo, a sua primeira época completa alinhando ao lado de Fernando Alonso… e logo surgiram as comparações com o famoso ano de 2007, quando um tal Lewis Hamilton se estreou precisamente na mesma situação.
«Eu não quero ser o Hamilton!», exclama o belga, pondo logo tudo em pratos limpos. «Quero ser Vandoorne e dar o máximo. Não estou à espera de nada de especial da minha relação com o Fernando», garantiu, mostrando-se muito senhor do seu nariz. A coisa promete…
«Até hoje nunca recebi grandes conselhos nem do Fernando nem do Jenson [Button], mas sempre estive próximo deles nos circuitos, observando e tentando aprender. Mas tenho o meu estilo próprio», concluiu Vandoorne, já a marcar território dentro da equipa McLaren. «Sinto-me muito tranquilo, finalmente posso mostrar o que valho, depois de ter estado à espera pela minha oportunidade. Agora quero aproveitá-la!».
No fundo, uma entrada mais agressiva como os pilotos mais novos devem fazer para ganhar o respeito dos mais velhos, a exemplo do que se passou com Max Verstappen. Comparação que, no entanto, Vandoorne, bastante mais «velho» (24 anos), recusa: «O Max e eu chegámos à F1 em situações muito diferentes. Eu comecei a correr um pouco mais tarde, não tinha muito dinheiro e não sabia em que categorias correr. O Max fez tudo muito mais depressa. Ainda me falta alguma experiência nos Grandes Prémios mas estou mais que pronto!».
Quanto a ídolos, assume sem dúvidas a sua admiração por Ayrton Senna: «Já guiei algumas vezes o seu McLaren, nalgumas exibições, tal como o do Prost. É incrível como a F1 mudou! Imitá-los seria incrível, mas não é altura para falar disso».