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Vettel defende as opções da Ferrari e conta como foi o pesadelo da qualificação

A Ferrari deverá aproveitar o facto de Sebastian Vettel largar do último lugar para o G.P. da Malásia para estrear diversos componentes no seu motor, senão mesmo um grupo propulsor totalmente novo. Porque, saindo de último, poderá receber todas as penalizações e mais alguma… porque de último não passa! «Isso faz sentido, veremos o que podemos mudar», disse Vettel, embora só amanhã, quando a FIA divulgar a lista de novos componentes montados nos diversos carros, se consiga saber exactamente o que a Ferrari trocou no monolugar do alemão.

Um sábado que tinha começado sob bons auspícios, com Vettel a acompanhar Raikkonen em mais uma demonstração de superioridade dos Ferrari no terceiro treino livre, descambou repentinamente numa sucessão de acontecimentos que o atirou para o final da grelha. Primeiro foi uma perda de potência nos derradeiros minutos do treino livre, atribuída a uma falha eléctrica que levou à drástica redução do rendimento de um dos cilindros.

A Ferrari decidiu, então, trocar o motor de combustão interna (só o V6) para a qualificação por precaução, pois o problema detectado não poderia ser reparado na pista. O problema é que a troca de um motor com toda a tranquilidade demora mais de três horas, quando a equipa já tinha menos… de duas! Mesmo assim, os mecânicos da Scuderia fizeram um magnífico trabalho e, quando a qualificação começou, o carro de Vettel estava pronto, com o quarto V6 da temporada (que iria ser estreado no Japão…) e o quarto MGU-H mas com os restantes componentes já usados.

«Fui para a pista e tudo estava bem mas, durante a volta rápida, na curva 5, perdi potência de repente», contou Vettel. «Consegui voltar à ‘box’ para vermos o que se passava mas, uma vez mais, não foi possível resolver o problema. Tinha perdido a pressão do turbo mas porquê, não sabemos ainda».

Nos 18 minutos do Q1, a Ferrari ainda tentou ver se conseguia resolver o problema e chegou a ter o carro de Vettel pronto a ir para a pista, mas as intenções foram frustradas. O alemão contou: «Tentámos tudo, montámos as rodas no carro porque sabíamos que tínhamos de sair para a pista pouco mais de dois minutos antes do fim da sessão. Tentámos descobrir o problema ao tirar a tampa do motor, mas nada foi detectado. Decidimos, então, ligá-lo para ver podíamos voltar à pista. Mas assim que começámos a ter telemetria e a ver os dados, os engenheiros perceberam que o problema continuava lá».

Vettel saiu do carro e fez questão de cumprimentar os seus mecânicos um a um. «Eles tinham trabalhado como ‘loucos’, encharcados em suor e repararem o carro foi um feito incrível, numa situação em que ninguém teve a culpa. E foi muito frustrante… Não acredito nessas coisas de sorte e azar, mas fica um sabor amargo porque o carro estava muito rápido».

Mas o ferrarista não se deixa ir abaixo e lembra que «a corrida tem muitas voltas» e até se diz esperançado em regressar rapidamente ao grupo da frente. «Espero recuperar depressa, temos um carro veloz. Não tenho qualquer expectativa até que lugar conseguirei chegar, mas tudo pode acontecer. Até pode acontecer que haja um ‘safety car’ que jogue a meu favor, nunca se sabe…».

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