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Azarado… ou sortudo?! Lembrando os incidentes anedóticos de Taki Inoue

Passam hoje exactamente 21 anos sobre as imagens que deixaram de queixo caído todos os que seguiam pela televisão o G.P. da Hungria: um piloto atropelado, em plena prova, por um carro dos comissários de pista! O protagonista foi o japonês Taki Inoue, piloto que não deixou currículo na F1… a não ser dois episódios caricatos em que, no meio de muito azar, acabou por ter bastante sorte em não se magoar a sério!

Tendo-se estreado no G.P. do Japão de 1994 pela Simtek, Inoue correria pela Footwork – empresa nipónica que comprara a Arrows – a época de 1995, abandonando em 12 das 17 provas. O seu melhor resultado foi um 8.º lugar no G.P. de Itália e acabaria por ficar célebre pelos incidentes que, involuntariamente, protagonizou, o mais mediático dos quais foi o da Hungria, a 13 de Agosto de 1995.

O seu Footwork/Hart parara em plena pista com o motor a fumegar e, como os comissários se afastavam, Inoue correu para um deles para lhe tirar o extintor e ir, ele próprio, apagar as chamas. No seu voluntarismo, ao regressar ao carro, foi colhido pelo Tatra T-623 de outros comissários que chegavam para auxiliar e que não travou a tempo! Inoue foi projectado, ainda ficou em pé, mas deixou-se cair no chão com a perna muito magoada, embora sem qualquer fractura… enquanto o comissário se virava para o seu carro fumegante. O japonês já estaria em condições na prova seguinte.

Só um parêntesis para contar que este Tatra T-623 era um carro de socorro com uma história muito particular. Era uma versão modificada para este fim específico e com autorização governamental ainda dos tempos do Bloco de Leste, pois tinha como base o Tatra T613 destinado apenas a figuras do governo e de altos cargos. E havia mesmo uma versão especialíssima que seguia o pelotão após cada partida, o T-623R, com motor V8 3.8 traseiro de 300 cv e aligeirado em 350 kg. No fundo, o precursor do actual «medical car» da F1!

Mas voltando a Taki Inoue, meses antes do episódio da Hungria já fora protagonista de um outro acidente caricato e de que voltou a sair com mazelas: no Mónaco foi abalroado… pelo carro do director de corrida, um Renault Clio tripulado por Jean Ragnotti!

O Footwork parou na curva de Mirabeau nos treinos livres e, em vez de ser retirado, a sessão parou e foi rebocado ao longo da pista. Mas o reboque não era muito rápido e o carro do director de corrida foi dar uma volta para verificar as condições da pista. Sempre em ritmo de corrida no Clio 16V, Jean Ragnotti foi surpreendido nas curvas das Piscinas e acertou em cheio na traseira do Footwork que… capotou com Inoue lá dentro! O japonês foi retirado com uma concussão cerebral mas recuperaria a tempo da corrida. Haverá algum piloto com mais azar… e sorte ao mesmo tempo?!

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