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Como conseguiram os Mercedes fugir ainda mais à concorrência?

Independentemente do desfecho da corrida de hoje – Hamilton e Rosberg juraram que se vão portar bem, largando ambos da primeira linha, mas nunca se sabe… –, a qualificação para o G.P. da Grã-Bretanha mostrou uns Mercedes muito mais longe da concorrência do que em qualquer outra prova já disputada este ano. Logo numa altura em que se esperava que os rivais (Ferrari e Red Bull) começassem a diminuir a desvantagem… levam um «banho» destes?!

Contabilizemos aquilo de que estamos a falar: Silverstone tem 5,891 km sendo, por isso, mais comparável em extensão com Baku (6,003 km) do que com o Red Bull Ring (apenas 4,326 km). Em Baku, a «pole» de Rosberg foi 0,8 s mais rápida que o primeiro não-Mercedes – o Force India de Sergio Perez – e 1,2 s que o Ferrari de Vettel. Em Silverstone, a «pole» de Hamilton foi 1,1 s mais rápida que o Red Bull de Max Verstappen (1.º não-Mercedes) e deixou o ferrari de Vettel a… 2,2 s!

Partindo do princípio que todos os carros evoluíram neste último mês, o que sucedeu para este avanço repentino dos Mercedes? O traçado de Silverstone parece ser a explicação mais óbvia, independentemente das melhorias introduzidas no W07. A pista britânica calha que nem uma luva aos carros de Hamilton e Rosberg e há dados que comprovam a forma como ganham tempo tanto aos Red Bull como aos Ferrari, pondo em evidência as fraquezas destes.

Na qualificação, os Mercedes estiveram no topo das velocidades máximas, com Rosberg a chegar aos 329 km/h e Hamilton nos 328 km/h, mas foram sempre os mais rápidos a passar nas velozes sequências de curvas. O baixo centro de gravidade e a perfeita distribuição de massas do W07 permite uma inércia mínima nas rapidíssimas sequências de Maggots, Becketts e Chappel, ganhando muito tempo no segundo parcial, em especial aos Ferrari.

Os Red Bull confirmam ter um chassis fantástico, com uma velocidade em curva semelhante à dos Mercedes. Mas a velocidade máxima fica-se pelos 320 km/h (e os McLaren a 315 km/h), o que significa perder preciosos décimos na longa recta de Hangar. Pelo contrário, os Ferrari conseguem chegar aos tais 328 km/h mas não têm a velocidade em curva de Mercedes e Red Bull e sofrem neste traçado que exige um chassis competente a lidar com encadeamentos de curvas de altíssima velocidade.

Ou seja, os Mercedes são bons em tudo, enquanto os rivais só são bons nalguns pontos. E isso explica como uma pista tão exigente como Silverstone põe a nu a enorme diferença entre um projecto completo e homogéneo e dois bons carros com muitos pontos fortes mas… alguns fracos.

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