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Force India VJM10 de… nariz estranho é para ameaçar o «top 3»!

Vijay Mallya, embora desafiado, não teve papas na língua na apresentação do novo Force India VJM10/Mercedes, com que a equipa atacará a época de 2017, depois de ter obtido a sua melhor classificação de sempre em 2016, com o 4.º lugar no Mundial de Construtores! «Por muita gente que diga que há uma gigantesca barreira para quebrar para entrar no ‘top 3’, não vejo porque não havemos de tentar e estabelecer isso como o nosso objectivo»!

Ambição não falta, pois, à equipa de Silverstone que tem vindo a crescer ano após ano, transformando os bons resultados em pista numa forte política comercial que lhe tem permitido atrair novos patrocinadores. Por exemplo, a asa traseira do VJM10 é ocupada por uma marca de uísque… «roubada» à McLaren e isso quer dizer muito sobre a credibilidade que a equipa já ganhou na Fórmula 1.

Mas a revelação do novo carro projectado sob a direcção de Andy Green surpreendeu pelo inesperado regresso… dos «narizes aos saltos», com um declive na frente do VJM10 como já não se via desde os famosos «bicos de ornitorrinco» de 2012! Uma frente com uma transição muito mais brusca que as vistas nos três carros já mostrados, embora mantendo o bico «espetado», até de forma bem mais pronunciada, e a «barbatana de tubarão» já vistos nos Williams FW40, Sauber C36 e Renault R.S.17.

Apesar dos bons resultados conseguidos, foi hoje revelado que a Force India abandonou o desenvolvimento do carro do ano passado em Maio, altura em que se concentrou no projecto do VJM10, devendo ter sido das primeiras equipas a virar-se a 100% para o carro deste ano. «É totalmente novo, cerca de 95% das peças são novas», revelou Andy Green. «Começámos verdadeiramente do zero, foi um enorme ‘puzzle’ que tivemos de juntar, mas penso que conseguimos. Agora só queremos vê-lo a andar e saber do que é capaz!».

Já Vijay Mallya mostrou-se entusiasmado com o novo monolugar mas avisou que há um longo caminho a percorrer que deverá durar… a época inteira! «Começámos do zero e teremos de desenvolver este carro ao longo de todo o ano, desde os primeiros testes de Barcelona até final da época. Mas acho que isso será comum a todas as equipas».

Já os pilotos, o mexicano Sergio Perez (quarta temporada na Force India) e o francês Esteban Ocon que se estreia na equipa, têm reacções interessantes face ao VJM10. «Só de olhar para o carro já parece fisicamente exigente, é tão mais largo… Só penso como vamos andar no Mónaco ou em Baku. Vai ser um desafio enorme e vai colocar os pilotos sob grande ‘stress’», disse Perez, enquanto Ocon resumiu a coisa de outra forma: «Isto já é um carro para homens! Vai curvar tão depressa!».

Com a experiência que já teve no simulador, o mexicano adianta uma comparação bastante curiosa: «Esta nova geração de carros é quase como ir da GP2 para a F1! As forças G que estes carros irão gerar são muito mais altas e os primeiros dias de testes vão ser duros». Daí à preparação física especial para esta época: «Tive de começar a preparação muito mais cedo. Temos de ter a resistência, força mas também ser muito reactivos, estar prontos para qualquer coisa! A parte cardiovascular é importantíssima, bem como a coordenação e o equilíbrio».

Ocon contou, por seu turno que teve «o defeso mais intenso de sempre!». «Nunca sabemos o que esperar com carros como estes, tão intensos do ponto de vista físico. Foram 9 horas de ginásio e 10 horas de cardio por semana…». Ambos se dizem preparados embora olhando um para o outro de formas diferentes: «O Esteban é novo e rápido e espero que ele me pressione porque é sempre bom, funcionou muito bem com o Nico», opinou Perez; «Quero aprender com esta equipa e também o Sergio me pode ajudar muito», contrapôs Ocon.

As expectativas são que o carro seja muito mais rápido que o do ano passado e que mantenha o lugar de destaque dentro do pelotão. Mas, segundo Vijay Mallya, falta ainda conhecer uma incógnita importante: «A premissa básica das novas regras era tornar as corridas mais excitantes para os fãs e espero que isso se concretize. Com tão elevada carga aerodinâmica, estes carros serão mais rápidos e espero que isso leve a um espectáculo melhor. Mas temos sempre a incógnita dos pneus, o que irá a Pirelli fornecer-nos…».

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