A Force India pediu a Bernie Ecclestone a antecipação do pagamento da tranche dos prémios relativos à presente temporada que só deveria ser paga apenas em Fevereiro de 2016. Não que a equipa atravesse alguma situação desesperada – mesmo se a situação não é de total desafogamento – mas foi uma opção para que o Inverno possa decorrer sem sobressaltos e pagando a horas aos fornecedores.
«Estamos apenas a tentar equilibrar as coisas da melhor maneira, conseguir um melhor fluxo de caixa, porque é durante o Inverno que passamos pelo pior período do ano», explicou Bob Fernley, director da Force India. «Fizemo-lo também para regularizar as contas com os nossos fornecedores que estão sob pressão. E com outras escuderias em dificuldades, os tempos de pagamentos podem alongar-se demasiado».
Não só o pedido da Force India deverá ter resposta positiva, como é possível que outras escuderias sigam o mesmo caminho. Até porque, se o próximo ano é relativamente «pacífico» em termos financeiros, a época de 2017 está já a levantar grandes receios: «Sendo a continuidade de 2015, o próximo ano será relativamente simples, mas o grande salto será em 2017, quando teremos de fazer um projecto totalmente novo».
E, aqui, Bob Fernley volta a «pôr o dedo na ferida», recuperando a desequilibrada distribuição dos proveitos da F1 que já motivou, inclusive, uma queixa da Force India, em conjunto com a Sauber, à Comissão da Concorrência da União Europeia. «Não lutaríamos por uma melhor redistribuição dos lucros se não estivéssemos em dificuldades… Se não tivermos a antecipação do pagamento que pedimos, as coisas ficarão mais difíceis, mas não ao ponto de criar problemas enormes. Pelo menos é o que estamos a tentar evitar».
