Ao contrário do que se passou no ano passado, a Force India está em vias de ficar privada de uma das suas principais fontes de financiamento nestes primeiros meses do ano, caso não seja autorizada a antecipação da distribuição dos prémios monetários a que tem direito. Para isso precisa da luz-verde de todas as equipas e, ao que se sabe, a Haas… ligou o semáforo vermelho!
Uma parte significativa do orçamento da equipa de Silverstone provém dos prémios monetários que consiga amealhar ao longo da época, mais chorudos que nunca em 2016 devido ao brilhante 4.º lugar no Mundial de Construtores. Sucede que a primeira tranche desses prémios, paga pela FOM, só é distribuída em finais de Abril. Isso deixa, tradicionalmente, a equipa com terríveis inícios de ano, com grandes ginásticas financeiras para pagar a fornecedores… ou apelar à sua boa vontade.
Daí que a equipa liderada por Vijay Mallya tenha solicitado à FOM, no ano passado, a antecipação do pagamento dessa primeira tranche, o que só é possível mediante a concordância das restantes equipas. E ninguém se opôs. Este ano a Force India tentou o mesmo mas, segundo foi revelado por um jornal alemão, a Haas votou contra, o que é suficiente para bloquear esse pagamento antecipado.
Na base da decisão da equipa norte-americana estaria o facto de também ela não poder receber aqueles prémios. No entanto, no caso da Haas isso advém dos próprios regulamentos com que a equipa se comprometeu (os Acordos da Concórdia) e que estipulam que uma equipa só tem direito a esses prémios se ficar nos 10 primeiros por duas vezes nas últimas três épocas…
A confirmar-se esta história, há aqui uma clara mesquinhez por parte da Haas que não lhe fica bem em termos de «fair-play» desportivo. Pior, cria uma situação bastante difícil à Force India uma altura crucial em que está a construir o VJM10 (já aprovado nos «crash tests») e que precisa de liquidez para completar o carro de 2017…
