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Hamilton recorda conversa séria com Vettel por causa de Baku

Sebastian Vettel reconheceu que foi o ponto mais baixo da sua época, mesmo pior que o acidente à partida do G.P. de Singapura: a atitude irreflectida que teve no Azerbaijão, quando atirou o Ferrari para cima do Mercedes de Hamilton, antes de um dos recomeços da corrida após um período de «safety car» é o seu maior remorso de 2017. Agora foi Lewis Hamilton a revisitar esse episódio que afectou profundamente a excelente relação que havia entre os dois…

«Mais tarde, quando falei com ele, disse-lhe algo como ‘aquilo foi um sinal de falta de respeito, por isso não me desrespeites daquela forma nunca mais ou então vamos ter problemas’», contou o novo tetracampeão do Mundo, numa entrevista ao canal televisivo MotorsportTV. «Nunca fiz nada semelhante a ninguém. Nem sei o que ele estaria a pensar que tinha feito… Nunca estive naquela situação. Mas calculo que as pessoas reajam de forma diferente sob pressão».

Na altura houve quem estranhasse que o incidente não tivesse provocado uma reacção mais forte por parte de Hamilton que, ainda por cima, perdeu pontos nessa prova para Vettel. Mas o britânico diz que não quis causar uma «onda negativa». «Há várias formas de lidar com estas situações, mas eu sabia qual era o meu objectivo e não ia deixar que nada me distraísse». «Não me podia permitir a dizer alguma coisa ou a reagir de alguma forma que causasse uma onda negativa que me iria desviar do rumo para o meu objectivo principal», acrescentou Hamilton. «E, claro, com a experiência vamos aprendendo a relativizar todas essas coisas».

O piloto da Mercedes falou ainda da dificuldade que os F1 actuais continuam a ter para ultrapassar, apesar de, na última prova, ter ganho dez posições em luta directa, depois de ter largado das «boxes». «Quando corria no GP2 era bem divertido porque era mais fácil de ultrapassar», admitiu Hamilton. «A forma dos fundos dos carros permitiam que andássemos mais juntos e tornava-se mais fácil recuperar lugares».

O britânico duvida que, numa pista diferente da de Interlagos, tivesse conseguido subir tantas posições tão rapidamente. «Naquela pista, embora seja difícil de passar, a diferença de andamentos necessária é menor que noutros circuitos. Na maior parte das pistas, a diferença de andamento que permite ultrapassar o carro da frente anda na ordem do segundo e meio e isso é mais que a diferença de um composto de borracha! Há, portanto, algo de errado no ‘design’ destes carros, apesar de serem fantásticos de guiar, mas essa é uma área em que temos de melhorar».

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