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Quando a festa chegou, o «durão» Keke foi mesmo… pai babado!

Demorou 34 anos, mas há um segundo Rosberg campeão do Mundo de Fórmula 1 e o primeiro deles, Keke Rosberg, mostrou-se fascinado com a proeza do filho. «Eu sabia que este dia iria chegar. Eu tenho uma regra que diz que, na F1, há três coisas a fazer: ganhar o primeiro Grande Prémio, vencer no Mónaco e ser campeão. Agora ele já pode pôr uma cruz nessas coisas todas e dizer ‘já lá estive, já fiz isso’. Admiro-o pela sua força mental e a forma como se entrega. É sempre a 100% e não tem nada a ver com a forma como nós éramos enquanto pilotos de Fórmula 1. Nada mesmo!...»

Campeão em 1982, com a Williams, Keke Rosberg sempre apoiou a carreira do filho mas… não viu a corrida de ontem no circuito. Mas não estava longe, em casa de um amigo no Dubai, o emirado mesmo ao lado do Abu Dhabi e a menos de uma hora do circuito de Yas Marina.«Já estive com a minha mãe, mas nem sei se o meu pai sobreviveu à corrida… Ele deve estar a chegar», comentava Rosberg na conferência, após conquistar o título.

Pouco depois, já Keke encontrava Nico para um forte abraço. Desde que o filho entrou para a Mercedes, em 2010, que Keke é pouco visto nas pistas. Nico ganhou asas e passou a voar sozinho, até ao magistral voo de 2016 que o levou aos píncaros da carreira! Embora não seja uma opinião isenta, Keke Rosberg definiu este como o título «mais duro de sempre» e salientou a dedicação que foi necessária: «O Lewis está em Los Angeles, está aqui, ali, em todo o lado. E há outro tipo que está concentrado numa única coisa. É a alimentação, as diferenças horárias, esvaziar a cabeça na altura certa. E parece que funcionou».

Keke Rosberg sempre foi avesso a dar entrevistas, desde que abandonou a carreira de piloto que se mantinha na sombra a controlar as suas equipas ou o que o seu filho fazia. Ontem, porém, estava bem mais conversador! «Nos últimos três anos ele tem estado sob uma enorme pressão. Tem lutado pelas vitórias todos os fins-de-semana, pelos títulos todos os anos e cada abandono magoa-nos horrivelmente. Mas é a natureza deste desporto. Se queremos vencer um campeonato, não podemos ter grandes azares, é mesmo assim…».

Na corrida, quando viu o filho a aproximar-se e atacar Max Verstappen, Keke Rosberg revelou: «Bebi um valente golo de cerveja e pensei ‘isto vai aquecer!’». Já mais a frio, o campeão do Mundo de 1982 não tem dúvidas de que, a partir de agora, aliviado da pressão de ter de vencer um campeonato, o seu filho irá pilotar ainda melhor: «O homem feliz funciona melhor que um homem infeliz! Por isso é provável que no próximo ano ele eleve o seu nível».

Nico Rosberg revelou que, embora o seu pai o apoiasse permanentemente, não lhe dava quaisquer conselhos nas corridas e mandava-lha apenas curtas mensagens aos sábados à noite, do género «amanhã prego a fundo!». E Keke Rosberg justificou-o: «Há que dar um incentivo qualquer, mas o que queriam que dissesse? Não faças um pião na primeira curva? Isso não!... Temos de manter o espírito positivo e desfrutar. Isto é um desporto, logo há que desfrutá-lo. O nível de pressão tem de ser sempre menor ao do prazer que se retira».

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